A vigilância epidemiológica
constitui-se como um importante instrumento para o planeamento, organização e operacionalização dos serviços de saúde, bem como a normalização das atividades técnicas.
A operacionalização da vigilância epidemiológica compreende um ciclo de funções específicas e intercomplementares, desenvolvidas de modo contínuo, permitindo conhecer, a cada momento, o comportamento da doença, de forma que as medidas de intervenção possam ser desencadeadas com oportunidade e eficácia.
São funções da vigilância epidemiológica:
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Recolha de dados;
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Processamento dos dados recolhidos;
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Análise e interpretação dos dados processados;
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Recomendação das medidas de controlo apropriadas;
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Promoção das ações de controlo indicadas;
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Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas;
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Divulgação de informações.
Maria Clotilde Moutinho, Médica de Saúde Pública
REVIVE - Rede de Vigilância de Vetores
O projeto REVIVE tem contribuído para um conhecimento sistemático da fauna de culicídeos e de ixodideos de Portugal, e do seu potencial papel de vetor, constituindo uma componente dos programas de vigilância epidemiológica indispensável à avaliação do risco de transmissão de doenças potencialmente graves, de forma a mitigar o seu impacto em saúde pública
A prioridade deste projeto era chegar a todo indivíduo sem-abrigo através de um trabalho de proximidade, disponibilizando um rastreio de uma doença que nunca seria diagnosticada não fora esta pró – atividade, o ir de encontro e à procura de quem precisa.
Doenças de Notificação Obrigatória - Parotidite Epidémica
A parotidite ocorre em todo o mundo. Em Portugal a parotidite epidémica corresponde a 9,1% das notificações de doenças obrigatórias.
Política de vacinação com BCG: O que está em causa?
Desde maio de 2015, que Portugal tem enfrentado problemas no fornecimento de vacinas contra a tuberculose (Bacillus Calmette-Guérin, BCG), pondo em causa o cumprimento das diretrizes do Plano Nacional de Vacinação. Novas doses vacinais foram entretanto disponibilizadas; contudo, por ainda surgirem em quantidade limitada, foi necessário dar prioridade à vacinação de grupos de risco para a tuberculose1. É certo que esta mudança de estratégia na vacinação com BCG é de carácter excecional, mas faltará muito para que se torne definitiva? O que está em causa?
...está em curso na cidade do Porto um projeto financiado pela European Economic Area Grants (EEA Grants) e Direção Geral de Saúde "Prevenção e controlo da tuberculose em grupos populacionais vulneráveis de um centro urbano da região Norte de Portugal - Porto"